sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O programa Observatório da Imprensa entrevista o MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES

O programa Observatório da Imprensa entrevista o MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES, PAULO BERNARDO, para falar sobre o projeto de marco regulatório para as comunicações. Entrevista exibida ao vivo pela TV Brasil em 22/3/2011.




quarta-feira, 10 de agosto de 2011

POR UMA MÚSICA INTELIGENTE E COMESTÍVEL!

A partir da música local, primitiva e ancestral;
A partir da música regional, em seus limites geo-sonoros;
A partir da música comercial, música de mercado, ditadora, redutora e reprodutora massiva de moda, diluidora de tantos equívocos;
A partir da música brega, da música romântica, da música de corno, da música de puta, da música-trilha sonora para o turismo sexual;
A partir do nacional-popular, do folclórico, do erudito, do formal e do informal;
A partir dos pagodes, dos breganejos, dos forrós de plástico, dos axés e lambadas;
E também a partir da velha guarda, da jovem guarda, da bossa nova, da bossa velha e dos tropicalismos;

Aparti-los. Reparti-los. Engoli-los. Cagá-los. Mijá-los, trepá-los à vontade por todos os espaços de educação e cultura, para um outro som.

Chegar ao crítico som das misturas, e vomitá-los.
Chegar ao criativo som das pontes sonoras, e vomitá-los.
Chegar às fontes sonoras geradoras de toda uma criticidade politizada, e vomitá-las.

Partir dessas máscaras e carrancas sonoras para chegar à “invenção” em seus projetos e processos devorantes e devoradores de imbecilidades; ao som inventivo rebelde e revoltado como resultado desse grito e desse silencio que vê o fim do túnel e não se cala; porque apontar algum caminho, novos e interessantes caminhos, é a missão.

Que uma música nova e bela e feia e horrível e interessante e inteligente nos leve à uma humana música, brisa, vento e tempestade criativa e recriadora de tudo, berrante, sussurrante, violenta e pacífica; música em sua busca de um mundo novo, de um homem novo, de uma música que já não quer mais ser enjaulada, e rotulada, e iludida e bestializada em seu sentimento sonoro; a fabricação indústrial que põe na linha de montagem o miserável som das dominações e cavalices tem que acabar. Porque somos obrigados e domesticados e oprimidos a comprar e engolir e parir e reparir tanta burrice?

Não há dúvida sobre a origem das Pontes Sonoras que construímos em praça púiblica:
Nós queremos e insistimos e investimos em ações guerrilheiras de cultura que nos eduquem para uma liberdade sonora mais realizante, alfabetizante, para que a democracia popular da música nos bairros, criando e recriando inteligência nas escolas públicas e entidades (comunitárias, estudantis e sindicais) possa ser uma realidade.

Isso intuímos, mas não só: construímos, e construir significa acender luzes para um futuro melhor, algo que nos colocará num trilho mais seguro que rume para o novo, para que o encarar de frente nas necessárias ousadias de músicos e de não-músicos nas cumplicidades do dia-a-dia continue sendo uma verdade.

Sons liquidificados e modificados e puros e impuros e carecas e cabeludos para uma música mais cabeluda e tesuda e misturada e molhada, beijando nossos ouvidos apaixonados que querem mais música que o eduque. E este é o compromisso dos amantes de música boa (músicos e não-músicos): realizar “uma música onde tudo é permitido: combinações de instrumentos, invenções melódicas e integrações harmônicas, criando e reforçando elos e formas rebeldes e democráticas de vivenciar a humana música para todos os que querem aprender uma música mais inteligente.

Isso até à exaustão científica, até que o nível de invenção na música que estudamos e praticamos soe bem melhor, para todos e em qualquer parte do Brasil e do mundo. Com inteligência, a nossa música provocativa será cada vez mais de todos e para todos e em qualquer lugar, educando e ensinando e aprendendo mais o que é a vida em comum numa sociedade tão afunilada e canalha (arrombar os funis, esta é a saída musical). Socializar, democratizar, popularizar e descentralizar essa música inteligente para que ela cumpra o seu papel e a sua missão nos bairros, é a nossa saída musical.

Conseguir dar novos passos sonoros à frente nesse entendimento.
Conseguir construir novas oportunidades de música nova e boa para agilizar as fusões e transfusões desse futuro provocado: a música como um espaço-tempo de muitos aprendizados e tentações, até chegar ao humano, ao democrático, ao socializado, por seus diálogos criativos, por seu incomodismo e inconformismo generalizado, e por tudo de justo que possa a música de invenção lutar em sua trajetória educadora. Esta é a ação democrática de um projeto político mais ágil e eficiente para a música que precisamos viver.

E sempre: SÓ A POESIA NOS SALVARÀ!

O que nos dizem Walter Smetak e Hans Joachim Koellreutter, educadores, projetistas de vida e música humanizadas, se não a tentativa frutífera de buscar saídas?

O que nos dizem Arnold Schoenberg e John Cage, educadores, projetistas de uma vida e de uma música que continua pulsando produtivamente dentro e fora e aquém e além do caos para uma nova música mundial?

Temos Hermeto Paschoal, Egberto Gismont, Naná Vasconcelos, entre tantos e muitos
artistas sérios preocupados com o livre transito nacional e mundial dessa música de invenção que existe para provocar inclusive os bloqueios impostos pela mídia caduca e reacionária. Porque os rádios não tocam a boa música de invenção? Mas também porque não preparamos as populações para ouvir e curtir e entender e repartir e saber essa música de invenção como suporte para uma vida melhor e mais feliz? A música popular brasileira ainda tem muito o que dizer para seu povo. Mas dizer em que condições? O bloqueio das rádios ao produto musical inteligente do Brasil é anti-patriótico e anti-constitucional. È preciso que uma atitude mais responsável e politizada seja tomada.

É só ter cuidado com a ignorância política e suas impunidades (um músico ignorante, um mercado ignorante, uma platéia ignorante, é o fim). E no entanto, estamos apenas no começo.
É só ter cuidado com o reacionarismo estético e se capacitar para estar aberto ao novo, que é estar aberto à vida, que está sempre em movimento.

VIVA A INTELIGENCIA E A INVENÇÃO.

Pedro Osmar. 09.03.2007. Santo André-SP.

domingo, 3 de abril de 2011

Reunião as vezes é chato, pode ser masturbação mental, só que sem ela não nos organizamos.


As reuniões do Fórum da Música acontecem toda segunda feira no Cilaio Ribeiro “João Balula” às 19h . Sendo toda ultima segunda feira do mês a formação política e teórica, discutindo temas abertos como sociedade, política, monopólio, e cangaço.
A participação é aberta a todos, a instiga é pessoal......